Portal de Boas Práticas
Nanni
Por que ter um Portal de Boas Práticas na FAB?
A resposta curta é: Gestão do Conhecimento e Eficiência Operacional.
No ambiente militar, onde a rotatividade de pessoal é inerente à carreira (movimentações, cursos, missões), o “conhecimento tácito” — aquele que reside somente na cabeça do gestor — é o nosso maior risco administrativo. Quando um Intendente passa o comando de uma GAP ou de uma Prefeituras de Aeronáutica, o conhecimento adquirido não pode ser perdido. Um Portal de Boas Práticas transforma esse conhecimento tácito em “conhecimento explícito”, acessível e replicável.
1. Padronização e Redução da Curva de Aprendizado
Um portal permite que uma solução inovadora aplicada na GAP-BE (Belém) para otimização de licitações seja imediatamente conhecida e replicada na GAP-SP (São Paulo). Isso evita que “reinventemos a roda” a cada nova gestão, economizando tempo e recursos públicos.
- Referência Global: O Government Finance Officers Association (GFOA) dos EUA e Canadá mantém um centro de melhores práticas premiado. Eles não apenas listam o que fazer, mas como fazer, criando um padrão de excelência em gestão financeira pública.
2. Inovação Frugal e Economicidade
Muitas vezes, a inovação não requer grandes investimentos em TI, mas sim mudanças de processo. Um portal serve como um hub de inovação frugal. Ao compartilhar como uma unidade reduziu custos com energia ou melhorou a logística de subsistência com recursos limitados, multiplicamos a economicidade por toda a Força.
- Referência Global: A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) possui o Observatory of Public Sector Innovation (OPSI). É uma plataforma onde governos de todo o mundo compartilham casos de inovação no setor público. Para a SEFA, isso valida a ideia de que compartilhar o “como fizemos” gera valor público imensurável.
3. Compliance e Segurança Jurídica
Para nós, intendentes, a segurança jurídica é fundamental. Um portal de boas práticas, curado pelo IEFA e validado pela SEFA, funciona como uma bússola. Seguir uma prática que já foi auditada e considerada eficiente por órgãos de controle (como o TCU) mitiga riscos de apontamentos futuros.
- Referência Nacional: O próprio Tribunal de Contas da União (TCU) incentiva e mantém repositórios de boas práticas para orientar gestores públicos, demonstrando que a padronização é o caminho para a regularidade.
4. Valorização do Capital Intelectual do Intendente
Por fim, um portal não é somente um repositório de arquivos; é uma vitrine de talentos. Ao publicar uma boa prática, o Intendente e sua equipe são reconhecidos pela Força. Isso cria um ciclo virtuoso de motivação e busca pela excelência.
Conclusão
Para a Secretaria de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica, um Portal de Boas Práticas não é “apenas mais um site”. É uma ferramenta estratégica de Gestão do Conhecimento.
Em um cenário de restrições orçamentárias e alta demanda operacional, a capacidade de aprender com os acertos dos nossos pares é o que diferenciará uma gestão comum de uma gestão de excelência. Vamos transformar nossas ilhas de excelência em um continente de eficiência.
Sua unidade tem uma prática que merece ser compartilhada? O futuro da nossa gestão começa com essa pergunta.
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